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Revista Velhas nº 21 – Lembra: isto é rio p135s

07/05/2025 - 13:16

Exposição em BH joga luz sobre cursos d’água urbanos, reafirmando aquilo que deveria ser óbvio 74j63


 

Imagens da exposição estavam expostas até março de 2025 nas grades do Parque Municipal, em Belo Horizonte.

 

A exposição ‘Lembra: isto é rio’ apresentou fotografias de nascentes, cachoeiras, margens e matas do Ribeirão Arrudas, do  Ribeirão Onça e de seus afluentes, em Belo Horizonte, Contagem e Sabará. As imagens encontram-se expostas, desde junho de 2024 e até março de 2025, nas grades do Parque Municipal, visíveis por quem circula pela Avenida Afonso Pena.



O fotógrafo André Carvalho partiu de sua casa, à beira do Córrego do Capão, em Venda Nova, e foi ao encontro de paisagens de águas e de seus habitantes. Encontrou-se com pessoas que são referência de uma política ambiental praticada no dia a dia, na luta e na lida cotidiana pela sobrevivência de cursos d’água. Essa coleção de imagens convida a um mergulho demorado pelas experiências de cuidado e belezas existentes nesses territórios, com o intuito de extrapolar uma visão pessimista da água urbana, que a ressalta em suas precariedades, como sinônimo de água suja.

   

“Biquinha de Petrolina” fica no bairro Sagrada Família e garante aos moradores água limpa há 100 anos (esq.). Moradoras em uma das praias do Ribeirão Onça, no bairro Ribeiro de Abreu (centro.). Dona Didi, protetora das nascentes altas do Córrego do Caixeta (dir.).

 

O nome da exposição é uma referência à frase pixada pelo artista Comum, nas vigas de concreto do canal do Ribeirão Arrudas, na região central de Belo Horizonte. A afirmação, que deveria ser óbvia, parece necessária quando, cada vez mais, perdemos a compreensão da nossa relação com as águas – e com a terra, com as plantas, com os bichos. Lembrar não apenas um ado saudoso e romântico, mas ressaltar aquilo que ainda é, e tem toda a possibilidade de seguir sendo: rio. Essa ação integra o projeto de extensão ‘Lembra: isto é rio’, da Escola de Arquitetura da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Os registros  fotográficos foram realizados entre o verão de 2023 e o outono de 2024.

Fragmentos do Córrego do Caixeta, no bairro Jardim Guanabara, resistem em meio ao adensamento urbano.

 


Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Fotos: André Carvalho / Octopus Filmes